“adeus” em Esperanto - tem referência no minimalismo da década de 60, no construtivismo característico do design e da arquitetura soviética dos anos 1930 e na arte digital contemporânea. Em meio a fuga da humanidade do planeta cuja colonização foi mal sucedida, o astro - quente e desértico - obriga-os telepaticamente a confecção e uso de roupas invernais, causando insuportável desconforto térmico nos colonizadores.

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É um adeus ao planeta e, ao mesmo tempo, à assinatura ‘ a neoutopia ’ , substituída por “Erico Valença”, designer à frente da marca. A decisão, sinaliza um amadurecimento da etiqueta com foco em ateliê e produção sob demanda.

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Algumas referências em “adiaû” são da infância e adolescência do designer. Seja na modelagem das calças de alfaiataria que lembram a de seu avô e pianista Geraldo, ou nos casacos que remetem aos que Erico - deslumbrado pelas peças - insistia em usar mesmo nos típicos 35 graus de sua cidade Natal (RN). Daí, a narrativa principal do desfile. 

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Casacos, modelagens geométricas, faux-leather artesanal de sarja, alfaiataria, crochetaria, vestem os colonizadores em fuga, que, somente na nave cósmica climatizada, percebem - pela maneira que estão vestidos - que a roupa, que o planeta os obrigou a criar e usar com o intuito de expulsá-los, até que compensou o trauma. 

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● ' ericovalença ' : futuro dadas circunstâncias;​